O homem é definido como ser pensante, mas suas grandes obras se realizam quando não pensa e não calcula. Devemos reconquistar a ingenuidade infantil, através de muitos anos de exercício na arte de bos esquecermos de nós próprios. Nesse estágio, o homem pensa sem pensar. Ele pensa como a chuva que cai do céu, como as ondas que se alteiam sobre os oceanos, como as estrelas que iluminam o céu noturno, como a verde folhagem que brota na paz do frescor primaveril. Na verdade, ele é como as ondas, o oceano, as estrelas, as folhas.
Uma vez que o homem alcance esse estado de evolução espiritual, ele se torna um artista zen da vida.
(Fragmento do prefácio da obra A arte cavalheiresca do arqueiro zen, de Eugen Herrigel - Coleção Clássicos Zen por Monja Coen, Editora Pensamento)
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