"Praticamos sazen como alguém que está para morrer. Não há nada em que se fiar, nada em que se apoiar. Por estarmos morrendo, não queremos nada; portanto, não podemos ser enganados por nada.
A maioria das pessoas, na verdade, não é enganada por nada, mas são enganadas, sim, por elas mesmas, pelos seus talentos, por sua beleza, confiança ou ponto de vista. Deveríamos saber se estamos ou não nos enganando. Quando somos enganados por algo diferente de nós, o dano não será tão grande. Mas quando somos enganados por nós mesmos, é fatal.
[...]
Contemplem seus rostos no espelho para ver se ainda estão vivos ou não. Ainda que pratiquem o sazen, se não pararem de se deixar enganar, não será de muita valia. Compreendem?
Vamos praticar bastante, enquanto ainda estamos minimante vivos"
(Shunryu Suzuki, Nem sempre é assim, Religare).
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